O projeto CORPES DISSIDENTES, contemplado pelo edital ProAC Expresso Direto 38/2021, com curadoria de Sylvia Furegatti é a exposição e intervenção urbana da artista Bella Tozini que compreende um conjunto de retratos fotográficos e depoimentos íntimos de pessoas da comunidade LGBTQIAP+ com corpes e expressões dissidentes, em seus momentos mais privados, muitas vezes vulneráveis, ocasionalmente em espaços domésticos. A exposição traz a potência dos corpos dissidentes, entendendo-os como interface política, cujas experiências vividas existem nas complexas intersecções de identidade de gênero; idade; raça; formas do corpo; sexualidade e situação socioeconômica.
SOBRE A ARTISTA
Bella Tozini  (São Paulo, SP, 1980) vive e trabalha em Cabreúva, SP. É artista e pesquisadora dedicada ao campo da Fotografia e das publicações de livros e foto-livros. Graduada em Comunicação Social/Cinema pela FAAP (2002) possui uma Especialização pela Escola de Cinema de Lódz, na Polônia (2004)  e é Mestra em Artes Visuais pelo PPGAV IA Unicamp (2018). Dentre suas participações em projetos expositivos, destacam-se: Seleção para a Publicação do periódico internacional Uncertain States #30, Londres – UK (2019), 45º Salão de Artes da Ribeirão Preto (2020), Exposição coletiva “C*NSORSH*P” na Gallery&Co119, Paris, França (2020), Exposições coletivas na Fábrica de Arte Marcos Amaro -  FAMA, Itu/SP, (2019-20), Museu da Diversidade Sexual, São Paulo – SP (2018), dentre outros. 
Suas investigações exploram questões de identidade por meio de retratos fotográficos, vídeo e publicações de artista. A partir de suportes impressos em variados tipos e dimensões de papel, tais como os distintos trabalhos criados para esta exposição, a artista imprime, reproduz e difunde em contextos indoor e outdoor o retrato de pessoas que identifica como corpos dissidentes. Este recorte aplicado por Bella Tozini explora o dado contemporâneo do fotográfico e visa também estabelecer, por meio da arte, estratégias de visibilidade e legitimidade para a comunidade LGBTQ+. Seus retratos apresentam cabeças, membros, closes ou corpos inteiros de pessoas que passam a integrar a paisagem de passagem dos transeuntes urbanos como uma espécie de lembrete fundamental e urgente sobre a convivência social em tempos de diversidade. Seus projetos tem sido sistematicamente premiados pelos editais PROAC, com os quais lançou os foto-livros: “Corpes Prováveis” (2021), “Lacração” (2018),  assim como a exposição e intervenção urbana “Lacração - Territórios” (Jundiaí, 2019).
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